Video evocativo das 24h de Le Mans de 2013

Pequeno vídeo da Porsche, evocativo da edição 2013 das 24 horas de Le Mans em que o mais triste momento da prova não foi esquecido.




Transmissão televisiva das 24 horas de Le Mans 2013

Esta 2ª feira começa a semana onde o Eurosport vive ao ritmo das 24 Horas de Le Mans. Ano após ano, com (felizmente) poucas interrupções, o canal pan-europeu de desporto que ultrapassou a vintena de línguas e chega a quase 60 países, faz da mais importante prova de resistência do Desporto Automóvel e um dos eventos mais conhecidos do planeta, um dos seus pratos fortes em termos de programação.

Voltamos a transmitir a corrida na totalidade, sem pausas, a não ser as impostas pela publicidade. E desta feita com a novidade de a transmissão ser totalmente no Eurosport Internacional, mesmo que por dois períodos de meia-hora durante a corrida, com a emissão dos programas “24 Minutos” também em directo de Le Mans, a emissão passe para o Eurosport 2. Teremos assim, toda a acção com a magia do HD, que faz sonhar pelo detalhe da imagem e os fabulosos slow-motion das repetições.

Basicamente, repetimos a receita do último ano – os “24 Minutos” com convidados em estúdio, diariamente desde 2ª feira. Duas das quatro horas de treinos livres na 4ª Feira à tarde e a transmissão completa das seis horas de qualificação, 4ª e 5ª Feiras. No sábado, directo não só do Warm-up, como da corrida de Legends, para 45 minutos antes da partida da 81ª edição das 24 Horas de Le Mans iniciarmos a cobertura total do evento que só terminará bem depois das duas da tarde de Domingo, com os festejos do pódio e as palavras dos vencedores.

Ao todo, estamos a falar de cerca de 38 horas de televisão para gáudio dos aficionados, mas não só. Sabemos serem as 24 Horas de Le Mans um dos programas mais “grande público” do Eurosport, aquele que pela sua história, o seu carisma, a sua particularidade, a acção em pista e fora dela, faz com que os espectadores, mesmo os menos conhecedores, fiquem colados ao ecrã, de dia e pela noite dentro.

Por ser uma emissão tão especial, também os comentários, neste caso os portugueses, têm de o ser. Mantemos a opção por uma espécie de tertúlia. E acreditamos que é uma opção correcta. Seria impensável fazer 24 horas de transmissão a falar de ultrapassagens, tempos por volta, luta pela vitória, à geral e nas classes. Claro que nunca a esquecemos. Seguir a corrida faz parte da “cartilha”. Mas a emissão tem também espaço para a história, para estórias, para fait-divers, para partilha de experiências, sem querermos ser doutos, sem fazer cátedra. E desejamos uma vez mais a participação activa dos espectadores, em casa, via facebook (https://www.facebook.com/Eurosport?fref=ts) e twitter (https://twitter.com/EurosportTV_Por). Eles são parte integrante desta transmissão. Nada disto faria sentido sem eles, sem a sua participação, que tem sido sempre espantosa – mais de 11 mil post em 2011! Este ano até os teremos em estúdio, num grupo de 10, convidados a ver o nosso trabalho. É uma primeira experiência com vista a, no futuro que quero próximo, colocar em prática o meu sonho de há muito: fazer a emissão das 24 Horas de Le Mans num espaço público, fora dos estúdios de Carnaxide do Eurosport Portugal.

Deixei para último a equipa. Sem narcisismos e pelo feedback que todos os anos recebemos, sabendo que nunca se pode agradar a Gregos e Troianos, tenho consciência que os comentadores que o Eurosport Portugal tem conseguido reunir são em boa parte responsáveis pelo sucesso da transmissão. A opção por termos uma só equipa, ao longo de 24 horas, mesmo com o esforço que tal representa em termos de voz, de cansaço, fica a dever-se a que, para todos nós, as 24 horas não são trabalho, antes puro prazer. No fim, caímos “mortos” de cansaço, mas felizes, ainda que nunca totalmente satisfeitos, porque há sempre algo que podíamos e devíamos ter feito melhor.

Ricardo Grilo, enciclopédia humana, não faltará à chamada. Trará a defesa total das 24 Horas, contra ventos e contra outras “marés”, terá muito a contar com o regresso da sua Porsche, já este ano nos GT e para 2014 nos LMP1. E tem aquele dom de se lembrar das histórias mais incríveis, algumas anedóticas, outras bem sérias, que tornaram a prova aquilo que é - uma lenda viva.

Miguel Roriz e Vítor Sousa, dois homens da “casa”, repetem o papel de 2012. Vão ocupar-se do facebook e do twitter, mas trazem também o lado jornalístico da transmissão, jornalismo com paixão, num caso e noutro. O primeiro anda nisto das reportagens desde os tempos em que ainda usava fraldas, acompanhando o pai, Pedro Roriz. O Vítor estreou-se em Le Mans como enviado-especial do “Motor” aos 19 anos. Muito embora pelo caminho tenha “perdido duas rodas” nas lides profissionais do jornalismo, manteve não só a paixão como o interesse. São por isso, as “dobras” perfeitas para assegurarem também as “peças” transmitidas no “24 Minutos”, bem como a emissão no Eurosport 2, quando eu estiver com a nem sempre fácil tarefa de traduzir em directo o apresentador e os convidados desse programa.

A estreia do ano é um homem desta casa, do Le Mans Portugal. Há uns anos, numa emissão das 24 Horas, tenho a noção de ter ajudado a dar visibilidade ao grande trabalho que os manos Ribeiro já então faziam com este site. Desta feita, aposto em repetir a dose e em mostrar ao “mundo” fora do espaço cibernético os conhecimentos do Pedro Correia. A sua capacidade de leitura da corrida, bem demonstrada nos seus escritos, fazem-no o parceiro ideal para nos ajudar nessa função. Mas não só: trará o seu conhecimento técnico bem interligado com o empirismo de um observador apaixonado. Mesmo sendo a sua estreia ao micro, acredito que não irá ter medo do “gelado” e revelar-se-á uma aposta ganha - (sim Pedro, estou a “meter” pressão!!!).

Teremos, como sempre, “mil e um” convidados. Domingos Piedade volta a ser um deles, ainda que estando em Le Mans terá de entrar pelo telefone, como muitos outros, pilotos e ex-pilotos que estando longe de Lisboa, não o podem fazer em estúdio. Nomes como João Barbosa, Pedro Chaves, Ni Amorim, mas também responsáveis dos representantes portugueses da Audi e da Toyota, que irão fazer perceber quanto as “24 Horas” pode ajudar a vender automóveis. Pelo telefone iremos também tentar ter a perspectiva “live” dos pilotos portugueses que competem nesta edição – Pedro Lamy e Rui Águas. Talvez até a do Director de Prova, o “nosso” Eduardo Freitas”. Outros haverá, menos conhecidos, mas que vão ajudar a apimentar ainda mais toda a emissão.

Guardei-me de propósito para o fim. O meu trabalho é o mais fácil de todos. Gosto de ser uma espécie de maestro. Penso saber da “música” o suficiente para, de batuta em mão, dirigir esta fabulosa “orquestra”. Uma espécie de “Herbert Von Karajan de Carnaxide”.

E agora está na hora de aquecer os motores, a começar pelo recolher de toda a informação e depois o decorar das cabines (os nossos “T0” como lhes chama o Ricardo Grilo) com os “refrescadores de memória” que todos conhecem. Porque, acreditem, ao longo de 24 horas, sem os muitos papéis, seria impossível de não haver brancas.

Termino com uma promessa: toda a equipa do Eurosport Portugal vai puxar os “motores ao máximo”, ao estilo actual das provas de resistência, para ajudar a que tenham umas “24 Horas de Le Mans” ainda mais memoráveis.

Transcrição do texto integral de João Carlos Costa (comentador Eurosport)