Faleceu ontem, 5 de Abril, na Alemanha Ferdinand Alexander Porsche.
Filho de Ferry Porsche e neto de Ferdinand Porsche, deixou o seu legado na marca com o mesmo nome.
Se os seus antepassados se viraram mais para a parte mecânica, a grande paixão de "Butzi" era o design industrial.
Como os estudos superiores não correram particularmente bem, abandonou a escola e começou a trabalhar no departamento de design da Porsche em 1957. E foi da sua caneta que saíram os desenhos originais, que não finais, do Porsche 901, que rapidamente alterou a sua designação para 911 e se tornou o porta estandarte da marca até aos dias de hoje.
Da sua caneta saiu também um dos mais belos Porsche de sempre, o Porsche 904, o seu trabalho favorito, pois, ao contrário do 911, que sofreu alterações do crivo dos seus superiores, teve que ser concebido a tal ritmo, para efeitos de homologação atempada, que ninguém teve tempo de criticar ou sugerir alterações.
Em 1972, com a decisão da família de tornar a Porsche AG uma empresa de capital aberto, Butzi abandonou a companhia e dedicou-se a tempo inteiro à sua própria empresa, a Porsche Design, que se viria a tornar quase tão famosa como a empresa automóvel.
A Porsche Design já existia na época e criava objectos que constituíam essencialmente acessórios a comercializar com os automóveis. Mas a partir deste momento diversificou a sua área de negócio, notabilizando-se na concepção de relógios e expandindo depois para quase todos os ramos de actividade, nomeadamente candeeiros, talheres, televisores e monitores de computados, óculos de sol, canetas ou cachimbos, sendo que o seu traço sempre denunciou a influência da industria automóvel, especialmente o recurso aos cromados, o aço inox e até metais nobres, como o titânio.
A sua empresa manteve-se independente do gigante que se tornou o grupo automóvel, que detém apenas uma posição minoritária.
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