Estávamos em 1962 quando sairam da linha de produção os primeiros Ferrari 250 GTO. Por muitos é considerado o primeiro Supercarro da Ferrari. A classificação de supercarro apenas é atribuída a carros com performances extremas, acima de qualquer referencial.
O modelo derivava do 250 GT SWB, embora tenha sido realizado sobre a base de um 250 Boano onde foram instaladas as soluções adoptadas, e destinava-se à homologação duma versão mais extrema e performante para posterior participação em competições de GT. As alterações mais marcantes foram a opção pelo motor com cárter seco, logo mais baixo, o que permitiu baixar o centro de gravidade e também a altura do capot, com benfícios ao nível do comportamento em curva e ao nível da aerodinâmica, com a diminuição da superfície frontal. A traseira também foi redesenhada de modo a obter menor arrasto aerodinâmico. A própria designação 250 GTO demonstra isso mesmo, sendo
A ideia era construir um verdadeiro carro de competição nas 100 unidades necessárias para homologação na classe GT. No entanto apenas foram construídas 39 unidades no total. A questão das 100 unidades foi contornada pela manipulação dos números de chassis. Assim os chassis produzidos não foram numerados sequencialmente, ocorrendo “saltos” na numeração, para assim se chegar ao chassis 100, sem no entanto ser produzida a centena de viaturas. O modelo era de tal maneira espartano que as únicas partes originalmente revestidas do interior eram os muito pouco estofados bancos e nem incluía velocímetro ou odómetro, apresentando um grande conta-rotações e outros pequenos mostradores em volta.
O preço de venda ao público era astronómico para a época, nos Estados Unidos era vendido em 1962 por cerca de $18 000, basta ver que os primeiros Porsche 911 colocados à venda no mesmo mercado, em 1965, tinham um custo de $6 500 e o Ferrari 250 GT/E era vendido por $11 500. Ainda assim muito pouco, comparado com os £ 15 700 000 (cerca de $ 25 000 000) que Lee Kun-hee, ex-presidente da Samsung pagou por um exemplar original do carro em 2008.
Na competição apenas se pode dizer que arrasou. Isto apesar da insatisfação dos pilotos destacados para os pilotar, pois preferiam pilotar os 250 Testa Rossa que eram inscritos na classe de Protótipos e por isso favoritos para as vitórias à geral enquanto os 250 GTO dificilmente poderiam almejar a mais do que lutar pela classe de GT. Apesar do cepticismo de Phil Hill, campeão do Mundo de Formula 1 em título e Olivier Gendebien estrearam o carro com um segundo lugar à geral e primeiro da classe nas 12 horas de Sebring, apenas batidos por um 250 Testa Rossa. A mesma dupla de pilotos venceu as 24 horas de Le Mans com o novo 330 Testa Rossa, assim designado por estar equipado com o novo motor V12 de
Era o anúncio de que o carro estava a ficar obsoleto, a concorrência a reforçar-se e o maior equilíbrio do chassis já não era suficiente para obstar à maior potência do Ford V8 de 4,7l do Shelby. Por outro lado começavam a aparecer os primeiros GT com motor central traseiros, mais equilibrados que o GTO. Ainda apareceram as referidas unidades (apenas 3) com o motor de
Parabéns pelo artigo.
ResponderEliminarMuito interessante.
Um abraço
Muita sapiencia.
ResponderEliminarInteressante passagem da hitória para os mais distraídos/desinteressados como eu.
Parabéns
Augusto
Boas.
ResponderEliminarEstava a demorar mais um artigo, mas valeu a pena a espera. Tanto pelo assunto, um verdadeiro ícone automóvel, como pela qualidade do texto.
Parabéns Pedro, está excelente.
Boas gatilhadas.
Miguel Queirós
Pétaculo... Do mais lindo se me perguntarem a mim...
ResponderEliminar